– Larceda, aqui vai ser erguido o prédio da Bienal.
Eu era repórter do jornal, e escutei a bravata entusiasmada de “Ciccillo”… Em 1951 fora inaugurada a Bienal no Trianon (Av. Paulista), em 1953, a 2ª Bienal, histórica, seria no prédio do Ibirapuera. Uma Bienal importante do IV Centenário de S. Paulo, que aconteceu no prédio que Ciccillo havia garantido a Lacerda
Agora, passados tantos anos, falecidos Ciccillo e Lacerda, estou no Mezanino do novo e vistoso prédio do MAC-USP, antigo DETRAN, no mesmo Ibirapuera, só que no outro lado da Bienal. Um grupo MAC, do Instituto Volpi, após a solenidade em que se homenageia Domingos Giobbi, subiu ao Mezanino, para ver a belíssima vista do Ibirapuera, toda verde, cheia de Museus (MAM – Bienal _ OCA – Auditório Niemeyer – Afro brasileiro – Casa do Japão – Planetário – etc.) lembrei de “Ciccillo” e fiz uma bravata.
“Um dia haverá aqui, um tapis-roulant, como já vi em Washington, no Museu Art Galery. Poderá ligar este MAC-USP, a todos os Museus do Ibirapuera, a começar pelo MAM-Bienal!”
Minhas palavras, parece, agradaram Cesar Giobbi, Pedro Mastrobuono Roberta Matarazzo, repórteres, convidados.
Será que essa via moderna e única, um tapis-roulant, ligará um dia os museus do Ibirapuera?
Espero que sim.
Luiz Ernesto Kawall